quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009





Localidades
1
Florianópolis
2
Navegantes
3
Joinville
4
Araranguá
5
Forquilinha
6
Tubarão
7
Laguna
8
Imbituba
9
São José
10
Blumenau
11
São Francisco do Sul
12
São Bento do Sul
13
Rio Negrinho
14
Mafra
15
Três Barras
16
Lontras
17
Rio do Oeste
18
Trombudo Central
19
Lages
20
São Joaquim
21
Campo Belo do Sul
22
Curitibanos
23
Caçador
24
Videira
25
Joaçaba
26
Concórdia
27
Chapecó
28
Xanxerê
29
Abelardo Luz
30
Itapiranga
31
São Miguel do Oeste
32
Dionísio Cerqueira



Principais Rotas Aéreas

santa catarina vias de acesso



Distâncias rodoviárias à Florianópolis (km)
Curitiba
300
São Paulo
705
Rio de Janeiro
1144
Porto Alegre
476
Foz do Iguaçu
942
Belo Horizonte
1301
Campo Grande
1298
Brasília
1673
Goiânia
1493
Cuiabá
1986
Buenos Aires
1539
Montevidéu
1360
Assunção
1290
Santiago
2885

Informações Importantes:
O trecho São Paulo - Florianópolis das rodovias BR116 (Régis Bittencourt) e BR101 num total de 705 km está com sua duplicação concluída em mais de 90%.

Balneario Piçarras



Informações Geográficas
Área: 96.443 km²
Litoral: 561.4 km

Divisas
Sul
Rio Grande do Sul
Norte
Paraná
Leste
Oceano Atlântico
Oeste
Argentina

Blumenau


Blumenau destaca-se pelas fortes tradições germânicas, pela arquitetura de suas construções e pela excelente qualidade de vida de seus habitantes. É sede de uma das maiores festas da cerveja e do chope no mundo, a Oktoberfest. Blumenau é também um dos pólos de informática do Brasil.

Balneário Camboriu


Balneário Camboriú é o maior polo turístico do Sul do Brasil, com um fluxo de mais de 1 milhão de turistas por temporada. É uma cidade linda, que dispõe de excelente infra-estrutura de lazer e turismo operando 365 dias por ano.

para quem busca diversão florianópolis é o melhor lugar


Florianópolis é encantadora, excepcionalmente bela. Uma cidade moderna, onde o novo e o antigo convivem de maneira harmoniosa. Na Ilha da Magia vivem e trabalham pessoas dos quatro cantos do mundo que uma vez estiveram em Floripa e se apaixonaram pelas praias deslumbrantes, lagoas, morros verdes e pelo povo hospitaleiro, o famoso Manezinho da Ilha.

festa do pinhão em 2009


A Comissão Central Organizadora (CCO) da 21ª Festa Nacional do Pinhão já trabalha de maneira intensiva nos preparativos do evento, que será realizado de 4 a 14 de junho. Nos próximos dias deve ser anunciada pelo prefeito Renato Nunes de Oliveira, Renatinho, a relação dos shows nacionais que integram a programação artística e maiores detalhes sobre a realização do concurso de rainha e princesas da Festa.
Tomara que os eventos sejam ótimos como foi Victor e Leo. Pena que muitos turistas não conseguiram chegar nem perto do Parque de Exposições e saíram falando mal da cidade. Está na hora de rever a infraestrutura do parque.
shows e atrações

Comissão Organizadora confirma seis shows nacionais que participarão da programação do evento entre os dias 09 e 18 de junho no parque Conta Dinheiro
A Comissão Organizadora vem trabalhando desde o ano passado na definição da programação de shows nacionais para a edição de número 18 da Festa Nacional do Pinhão. O evento está programado para o período de 09 a 18 de junho e prevê, neste ano, seis shows nacionais, além de todas as demais atrações, incluindo a Sapecada da Canção Nativa, etapas de Santa Catarina e Nacional.
Para este ano foi agendado show de abertura, no dia 09 de junho com a dupla sertaneja Teodoro & Sampaio. No sábado, dia 10 se apresenta no Parque Conta Dinheiro a banda Jota Quest. Nos dias 11, 12 e 13 acontece a Sapecada da Canção Nativa. A quarta-feira, véspera do feriado de Corpus Cristi, terá show da dupla sertaneja Zezé di Camargo & Luciano.
De acordo com a programação apresentada nesta quinta-feira pelo prefeito Raimundo Colombo e o vice, Renato Nunes de Oliveira, o show do dia 15 de junho é da banda de rock CPM 22. Consta ainda o show inédito na Festa do Pinhão de Kid Abelha, na sexta-feira, dia 16. Paula Toller com seu grupo não se apresentaram ainda nesse evento.
E o fechamento de shows nacionais terá a participação da banda Barão Vermelho. Segundo Cristovam Cardoso, presidente da CCO, depois da definição dos shows nacionais, em meados de março, até abril será encaminhada a programação complementar com shows gauchescos e locais.
Quem vem para a Festa do Pinhão 2006: 09/06 – Teodoro & Sampaio 10/06 – Jota Quest 14/06 – Zezé di Camargo & Luciano 15/06 – CPM 22 16/06 – Kid Abelha 17/06 – Barão Vermelho

lages capital nacional do turismo rural


Lages é uma das mais importantes cidades catarinenses e é conhecida principalmente pelo turismo rural bem desenvolvido e pela riquíssima cultura herdada dos tropeiros gaúchos. A Festa Nacional do Pinhão e as baixas temperaturas no inverno atraem inumeros turistas para a região.

historia da gastronomia




Camarão rosa, ostra, folhas de couve, pimentão vermelho, amarelo, pimenta, cebola, alho. Tudo isso salteado na manteiga e servido com um purê de aipim. Deu água na boca? Todos esses ingredientes formam o prato Esplendor da Ilha, criado especialmente pelos cursos de Gastronomia e Nutrição da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) para o Roteiro Gastronômico Norte da Ilha, lançado recentemente em Santa Catarina.
A ação faz parte do Programa Comunidade Sapiens, promovido por meio da parceria entre o Sebrae em Santa Catarina, Instituto Sapientia e do Parque de Inovação Sapiens, com apoio da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi) e da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF-Canasvieiras).
De acordo com o gestor do projeto no Sebrae/SC, Januário Serpa Filho, o mais novo roteiro gastronômico da ilha de Florianópolis é resultado da junção dos projetos de Artesanato e Gastronomia. "Num único roteiro, o turista poderá apreciar os restaurantes credenciados e visitar os ateliês de artesanato. A idéia é apoiar a economia local e alavancar o turismo no período de baixa temporada aproveitando, por exemplo, o turismo empresarial formado por aqueles que visitam o Estado para fazer negócios e/ou para participar de eventos", explica.
Para o coordenador do curso de gastronomia da Unisul, Luiz Guilherme Buchmann, a instituição se sente muito honrada em participar deste projeto. "Ao mesmo passo que estamos trabalhando em prol da comunidade, colocamos nossos alunos diretamente no mercado de trabalho", conta.
Sabor e criatividade
Pelo valor de R$ 39, além do cliente saborear esse delicioso prato, que traz em sua composição dois nobres frutos do mar, o camarão e a ostra, o turista ganhará de 'sobremesa' e recordação um prato artesanal típico da cerâmica açoriana moldado por ceramistas. O prato traz como detalhe a marca do projeto desenvolvida pelo setor de design do Sebrae. Já a embalagem do prato é considerada um brinde à parte. Isso porque ela é feita artesanalmente com papel marchê e tecelagem. No laço, os detalhes são feitos de pequenas casquinhas de ostra e camarão seco.
Além da marca, foram criadas também outras ferramentas de divulgação, como folder, panfleto. "Já estamos pensando em outras formas de comunicação externa para divulgar o roteiro. Uma das idéias é colocar um totem nos restaurantes participantes, com a logomarca do projeto feita em mosaico, produzido pelos artesãos locais", afirma a consultora do Programa Sebrae de Designer, Luciana Oda.
Ao todo participam do roteiro 12 restaurantes: A Casa, Ancoradouro, Antonio's, Canto do Mar - Ingleses, Canto do Mar - Ponta das Canas, Confraria Turismar, Esquina Mattis, Freguesia Restaurante e Bar, Pitangueiras, Porto Daniela, Toca de Jurerê, Zé do Cacupé. Para participar do roteiro, todos os estabelecimentos tiveram que cumprir a exigência de participar do Programa Alimento Seguro (PAS) oferecido pelo Sebrae.
Para acompanhar

gastronomia de santa catarina


Cozinha de Santa Catarina
Em Santa Catarina, ainda se podem saborear receitas simples e calorosas que preservam a alma do arquipélago dos Açores, de onde começaram a chegar colonos no século XVIII.
Herança da emoção. É a melhor forma de definir a cozinha praticada no litoral de Santa Catarina, hoje. O que está dentro dos pratos representa mais que o fruto do mar e dos campos - é a própria saga dos imigrantes açorianos com sua luta para sobreviver na terra bela e desconhecida.

santa catarina e suas cidades



Cidades Turísiticas deSanta Catarina
Cidade
Abdon Batista
Abelardo Luz
Agrolândia
Águas de Chapecó
Águas Mornas
Alfredo Wagner
Alto Bela Vista
Anita Garilbaldi
Antonio Carlos
Apiúna
Araquari
Araranguá
Arroio do Silva
Arroio Trinta
Ascurra
Atalanta
Barra Velha
Bela Vista do Toldo
Belmonte
Biguaçu
Blumenau 1
Bocaina do Sul
Bombinhas
Bom Jardim da Serra
Bom Jesus
Bom Jesus do Oeste
Bom Retiro
Botuverá
Braço do Norte
Brunópolis
Brusque 1
Brusque 2
Brusque 3
Caçador 1
Caçador 2
Caibi
Campo Erê
Campos Novos
Canoinhas 1
Canoinhas 2
Capinzal
Capivari de Baixo
Caxambu do Sul
Celso Ramos
Cerro Negro
Chapadão do Lageado
Chapecó
Cocal do Sul
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Criciuma
Cunha Porã
Cunhataí
Dionísio Cerqueira
Entre Rios
Flôr do Sertão
Forquilhinha
Fraiburgo
Galvão
Garopaba 1
Garopaba 2
Garopaba 3
Gaspar 1
Gaspar 2
Gov. Celso Ramos
Grão Pará
Gravatal
Guaramirim
Ibiam
Içara
Ilhota
Imbituba
Indaial 1
Indaial 2
Iomerê
Ipiaçu
Ipirá
Iraceminha
Itá
Itajaí
Itapema 1
Itapema 2
Itapiranga
Itapoa
Ituporanga
Jacinto Machado
Jaguaruna 1
Jaguaruna 2
Jaragua do Sul
Joaçaba
Cidade
Joinville 1
Joinville 2
Jupiá
Lages 1
Lages 2
Laguna
Lajeado Grande
Lauro Müller
Lontras
Luzerna
Mafra
Maracajá
Marema
Major Vieira
Maravilha
Mondaí
Monte Carlo
Morro Grande
Navegantes
Nova Trento
Novo Horizonte
Orleans
Otacílio Costa
Ouro Verde
Palhoça
Palmeira
Palmitos
Papanduva
Paraiso
Passos Maia
Penha 1
Penha 2
Peritiba
Petrolândia
Piçarras
Pirabeiraba
Piratuba 1
Piratuba 2
Pomerode 1
Pomerode 2
Pomedore 3
Ponte Alta
Ponte Alta do Norte
Ponte Serrada
Porto União
Praia Grande
Rio das Antas
Rio do Sul
Salto Veloso
Sangão
Santa Cecília
Santa Rosa de Lima
Santo Amaro da Imperatriz
São Bento do Sul
São Bernardino
São Cristovão do Sul
São Domingos
São Francisco do Sul
São João do Oeste
São João do Itaperiú
São João do Sul
São Joaquim
São José
São José do Cedro
São Lourenço do Oeste
São Ludgero
São Martinho
São Miguel do Oeste
Schroeder
Seara
Sombrio
Taio
Tijucas
Timbó 1
Timbó 2
Timbó Grande
Treze de Maio
Tunápolis
Tubarão
Turvo
Urubici
Urupema
Urussanga
Vargeão
Vargem
Vargem Bonita
Videira
Vitor Meireles
Xanxêre
Xaxim
Zórtea
Governo de Santa Catarina
Prefeitura de Florianópolis

Informações Turísticas
Bela Santa Catarina
Guia Floripa
Guia Catarinense
Rota SC
Turisite
Pontos Turísticos
Balneário Camboriú 1
Balneário Camboriú 2
Camboriú 3
Camboriú 4
Balneário Gaivota
Balneário Piçaras
Barra da Lagoa
Blumenau 2
Blumenau 3
Bombinhas
Canasvieiras
Floripa
Garopaba 4
Garopaba 5
Guarda do Embaú
Ilha de Porto Belo
Lagoa da Conceição
Litoral Sul SC
Oktoberfest 1
Oktoberfest 2
Porto Belo 1
Porto Belo 2
Praias Catarinense
Praia Camboriú
Praia da Ferrugem
Praia da Pinheira
Praia do Rosa 1
Praia do Rosa 2
Rota dos Canyons
Roteiros de Floripa
Serra Catarinense
Guia Santa Catarina
Parque Nacional Serra do Itajaí






Região costeira do território que constitui hoje o estado de Santa Catarina foi, desde a época do descobrimento, visitada por navegantes de várias nacionalidades. Afora a discutida versão da presença do francês Binot Paulmier de Gonneville, que ali teria estado durante seis meses, em 1504, não existe dúvida quanto à viagem dos portugueses Nuno Manuel e Cristóvão de Haro, que por lá passaram, em 1514, e deram o nome de ilha dos Patos à atual ilha de Santa Catarina. No ano seguinte, Juan Díaz de Solís passou em direção ao Prata. Onze náufragos dessa expedição foram bem recebidos pelos índios carijós e iniciaram com eles intensa miscigenação. Esses aborígines viviam de caça, pesca e cultivavam variedades de milhos, batatas, mandiocas e amendoins, eram exímios tecelões de redes, esteiras e cestos, e trabalhavam objetos em pedra, tanto alguns de seus costumes permanacem até hoje. A extenção de suas terras era desde a Cananéia, no litoral de São Paulo a Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul; ocupavam a região litorânea e tinham como limite pelo interior as matas habitadas por índios inimigos chamados botocudos ou guanana (guaianã), hoje conhecidos por kaingang e xokleng. Esses índios mantinham contato com os guaranis do interior do estado do Paraná e região do Paraguai, e por manterem intenso meio de comunicação através da rota do Peabiru, cujo destino era a região de Potosi, no império inca, despertaram interesse dos estrangeiros na procura da prata e do ouro.

[editar] Expedições espanholas
Várias expedições espanholas detiveram-se no litoral catarinense a caminho do rio da Prata: Don Rodrigo de Acuña, em 1525, deixou dezessete tripulantes na ilha, onde se fixaram voluntariamente. Sebastião Caboto, em 1526-1527, ali se abasteceu, seguiu para o Prata e retornou. Após Caboto, nela aportaram Diego García e, em 1535, Gonzalo de Mendoza. Em 1541, Álvar Núñez Cabeza de Vaca partiu da ilha de Santa Catarina para transpor a serra do Mar e atingir por terra o Paraguai.
Mantendo sempre o propósito de tomar posse do Brasil meridional, o governo espanhol nomeou Juan Sanabria governador do Paraguai, com a missão de colonizar o rio da Prata e povoar também o porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Com a morte de Juan Sanabria, tomou posse seu filho Diogo. Alguns navios da expedição lograram chegar à ilha de Santa Catarina, onde os espanhóis permaneceram dois anos. Dividiram-se em dois grupos: um deles rumou para Assunção; o outro, chefiado pelo piloto-mor Hernando Trejo de Sanabria, estabeleceu-se em São Francisco, de onde, após as maiores privações e sempre sob a ameaça de ataque pelos silvícolas, seguiu para Assunção.
Merecem destaque na passagem da expedição de Sanabria o fato de tê-la integrado Hans Staden, que legou interessante narrativa da viagem, e o nascimento, em São Francisco, do filho de Hernando, Herdinando Trejo de Sanabria futuro bispo e fundador da Universidade de Córdoba, na Argentina. Ainda em 1572, Ortiz de Zarate, a caminho de Assunção, esteve sete meses em Santa Catarina, onde praticou incríveis e inúteis violências. Foi esta a última expedição espanhola à região.

[editar] Ocupação portuguesa
Os aborígines da região foram catequizados, a partir de 1549, por jesuítas que viajaram em companhia do governador-geral Tomé de Sousa, sob a chefia do padre Manuel da Nóbrega. Os jesuítas empenharam-se com ardor nessa missão, colocando-se como obstáculo às tentativas dos colonizadores portugueses de escravizarem os índios. Não conseguiram, contudo, levar a bom termo sua tarefa e, já em meados do século XVII, desistiram da catequese no sul. Com a divisão do Brasil em capitanias hereditárias, a costa catarinense até a altura de Laguna, e mais tarde dois terços da do Paraná, formaram a capitania de Santana, o último quinhão do sul, doado a Pero Lopes de Sousa. Nem o donatário nem seus herdeiros providenciaram a colonização. O território, após um litígio de dois séculos entre os herdeiros de Pero Lopes e os de seu irmão Martim Afonso de Sousa, foi, no começo do século XVIII, comprado pela coroa, juntamente com as terras do Paraná e grande parte de São Paulo. Ao mesmo tempo, a Espanha considerava indiscutível seu direito a esses territórios e recomendava aos adelantados a conquista e povoamento não só da ilha como do litoral.

[editar] Fundações litorâneas
Na década de 1640, Manuel Lourenço de Andrade, um português que vivia em São Vicente, fundou uma povoação no rio de São Francisco, para onde se mudou com a família. Mais tarde foi designado capitão-mor dessa povoação, que em 1660 foi elevada a vila com o nome de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco, constituindo a primeira fundação estável da costa catarinense.
Por volta de 1675, estabeleceu-se na ilha de Santa Catarina o paulista Francisco Dias Velho, que ergueu uma igreja em louvor de Nossa Senhora do Desterro. A ele se atribui a mudança do nome da ilha dos Patos para ilha de Santa Catarina, de quem, ao que consta, uma filha dele tinha o nome. (Entretanto, outros atribuem a autoria do nome a Sebastião Caboto, que teria consagrado a ilha a Santa Catarina ou, antes, prestara homenagem a sua mulher, Catarina Medrano. Francisco Dias Velho dedicava-se à cultura da mandioca e da cana-de-açúcar, à pesca e à procura de ouro. Quinze anos mais tarde, Dias Velho e sua gente aprisionaram um navio pirata que arribara na ilha e mandaram homens e cargas para São Vicente. Passaram-se dois anos e os corsários voltaram; Dias Velho foi morto e sua família, maltratada e em desespero, retornou a São Vicente. A povoação ficou quase totalmente abandonada.
Laguna foi outro ponto do litoral povoado na mesma época. Domingos de Brito Peixoto, também paulista, organizou uma bandeira para tomar conta de terras desabitadas ao sul e, em 1676, fundou Santo Antônio dos Anjos de Laguna. A povoação teve vida incerta e o bandeirante despendeu nela toda sua fortuna, com o objetivo de dar-lhe estabilidade. Buscou recursos no aprisionamento do gado nativo e na caça ao gentio e, só em 1696, deu início à construção da matriz local. No início do século XVIII, Laguna, pequena e pouco habitada, vivendo de uma agricultura rudimentar e da exportação de peixe seco para Santos e o Rio de Janeiro, era o mais importante núcleo da costa catarinense.

[editar] Primeira metade do século XVIII
A abertura, em 1728, do caminho que ligaria as pastagens do Rio Grande do Sul ao planalto paulista representou sério abalo para Laguna, que perdeu progressivamente sua posição proeminente, e foi deixando de ser entreposto único de comércio e foco de expansão do Sul. A grande era da história catarinense ia começar com o governo do brigadeiro José da Silva Pais. Em 1726, o povoado de Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis, foi elevado a vila. A atenção dada à ilha aumentou e em 1737 chegaram as primeiras forças de linha. No ano seguinte foi nomeado governador Silva Pais, que chegou em 1739, diretamente subordinado ao Rio de Janeiro. As primeiras providências tiveram caráter militar. Do uniforme das milícias, e especialmente da cor do colete, deriva, para os habitantes da terra, o apelido de "barriga-verde", que nada tem de pejorativo.
Os interesses portugueses no Sul aconselhavam a manutenção e o fortalecimento dos povoados litorâneos. Com tal objetivo, Laguna foi elevada em 1774 à categoria de vila, passando a exercer o papel de posto avançado para a conquista do Rio Grande do Sul. Dali partiram expedições que atingiram a colônia do Sacramento e Montevidéu e, de passagem, arrebanharam gado e aprisionaram indígenas. Enquanto isso, Desterro, onde se haviam instalado os povoadores, ia vivendo como "mera pescaria" -- lugar procurado para refresco de navios piratas, que eram recebidos sem nenhuma hostilidade.
Desde o começo do século XVIII, Santa Catarina esteve sob a jurisdição da capitania de São Paulo. As lutas no Prata representaram pesado encargo para os catarinenses, que não só tiveram seus filhos convocados às armas, como foram obrigados a suprir tropas estacionadas ou de passagem, em troca de vales como pagamento. Nessa ocasião, toda a costa meridional brasileira, até a ilha, passou à jurisdição direta do Rio de Janeiro, por razões estratégicas que também aconselharam a ocupação eficaz do mesmo território.
Com esse objetivo, recorreu-se à imigração açoriana. De 1748 até 1756, em sucessivas levas, chegaram cerca de cinco mil açorianos, a maior parte dos quais fixou-se em Santa Catarina. Os novos colonos foram distribuídos pelos pontos já mencionados, recebendo doações de terras na ilha e no continente fronteiro. As dificuldades que tiveram de ser vencidas foram inúmeras, desde as péssimas condições da viagem até a inadaptação à terra onde deveriam fixar-se.

[editar] Segunda metade do século XVIII
O governo de Santa Catarina, na segunda metade do século XVIII, abrangia as três fundações litorâneas. O sertão não era explorado nem povoado: essa seria mais tarde a missão de Don Luís António de Sousa Botelho Mourão, o Morgado de Mateus, governador da capitania de São Paulo, interessado em garantir o domínio português sobre a região e o escoamento do gado do Rio Grande do Sul para São Paulo. Com tal finalidade, encarregou um abastado paulista, Antônio Correia Pinto, de estabelecer povoação na paragem denominada Lages. Houve protestos contra a invasão de território fora de sua jurisdição, mas o morgado não lhes deu atenção. Guaratuba, no litoral, foi povoada também por ordem sua, e em 1775 fundou-se a Vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages.
Esse foi o primeiro núcleo de povoação da serra. Perdida no interior, sem comunicação com o litoral, tendo precária ligação com Curitiba e São Paulo, Lages vegetou durante todo o século. Em seus campos, ocupados por uma população escassa, estabeleceram-se fazendas de criação de gado. De Lages partiram mais tarde os povoadores de Campos Novos e Curitibanos, que estenderam a fronteira pastoril.
Quando irrompeu a guerra entre Portugal e Espanha, a ilha de Santa Catarina, mal defendida apesar de sua importância estratégica e abandonada pela esquadra portuguesa, que não queria pôr em risco seus navios, foi tomada em 1777 por Pedro de Ceballos, sem que o invasor desse um só tiro ou perdesse um único homem. Dali estendeu-se a conquista de povoado em povoado, com exceção de Laguna, que ofereceu resistência. Um ano depois, a ilha voltou às mãos portuguesas.
Ao lado de uma agricultura de subsistência, da fabricação de farinha de mandioca e da salga de peixe, atividades todas de pouca importância, que não propiciavam oportunidade de enriquecimento, instalaram-se na ilha armações para pesca de baleia, monopólio da coroa concedido a comerciantes reinóis. A extinção do privilégio, no começo do século XIX, desestimulou a atividade, que entrou em decadência.
Toda a capitania, de modo geral, enfrentou, na segunda metade do século XVIII, um período de estagnação, com a agricultura em retrocesso e sua gente onerada com a requisição de produtos para as tropas. Nas primeiras décadas do século XIX, porém, a situação da capitania tinha melhorado um pouco. Pelo testemunho de viajantes, as vilas eram habitadas por pessoas de recursos medianos, não havendo nem grandes fortunas nem miséria gritante.

[editar] Independência e primeiro reinado
Em 1820, Lages passou à jurisdição do governo da ilha, dando a Santa Catarina uma configuração aproximada da atual e retirando da alçada de São Paulo toda a região chamada da serra, seja, o planalto. Devido à precariedade das comunicações, a notícia da independência do Brasil só chegou a Desterro nos primeiros dias de outubro de 1822. O juiz de fora e presidente da Câmara, Francisco José Nunes, no dia 11, fez a aclamação do imperador. Durante o império, a província sofreu, como outras, os prejuízos da descontinuidade administrativa. Teve no período mais de setenta presidentes, entre titulares e substitutos. Sob o governo do brigadeiro Francisco de Albuquerque Melo, em 1829, iniciou-se a colonização de Santa Catarina com imigrantes alemães.
Em 1831, após a abdicação de D. Pedro I, o presidente da província, Miguel de Sousa Melo e Alvim, português de nascimento, foi forçado a renunciar em conseqüência de um levante da tropa. Nesse mesmo ano, em 28 de julho, foi lançado o primeiro jornal publicado na província, com o título de O Catarinense, dirigido pelo capitão Jerônimo Francisco Coelho.

[editar] República Juliana
Ver artigo principal: República Juliana
O movimento farroupilha teve considerável repercussão em Santa Catarina, sobretudo na região mais próxima ao Rio Grande do Sul. De 24 de julho a 15 de novembro de 1839, Laguna foi ocupada pelos revolucionários, que ali proclamaram a República Juliana, aliada à de Piratini. Nessa ocasião, Ana de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi, uniu sua vida à de Giuseppe Garibaldi. No planalto, Lages aderiu à revolução, mas submeteu-se no começo de 1840. Em 1845, a província, já inteiramente pacificada, recebeu a visita de D. Pedro II e da imperatriz Teresa Cristina.
De 1850 a 1859, Santa Catarina foi governada por João José Coutinho, que demonstrou grande zelo administrativo e particular interesse pela instrução e a cultura, esforçando-se também no incentivo à atividade das colônias de imigrantes. Em 1849 foi fundada Joinville; no ano seguinte, Blumenau; e, em 1860, Brusque.

[editar] Período final do Império
Na década de 1870, a província de Santa Catarina contava cerca de 160 mil habitantes, distribuídos por vinte municípios. Ao ser proclamada a república, a população era de 200 mil habitantes aproximadamente. As numerosas vilas e cidades litorâneas estagnavam, dedicadas à pesca de subsistência, pequena lavoura e comércio sem grande expressão. As freqüentes mudanças de administração, em benefício de protegidos do poder central, prejudicaram o progresso catarinense.
Santa Catarina sempre teve número relativamente reduzido de escravos. Atingiu o máximo em 1857, com cerca de 18 mil. Daí em diante o número diminuiu, não só pelas alforrias e pela Lei do Ventre Livre, como pela venda de escravos a outras províncias. O elemento negro jamais chegou a constituir vinte por cento da população total.
A partir de 1870, processou-se com intensidade a campanha abolicionista. Diversos clubes e associações empenharam-se na luta, que ganhou maior amplitude com a fundação de um jornal, O Abolicionista. O movimento levou numerosos senhores a libertarem seus escravos. Em 24 de março de 1888, o presidente da Câmara de Desterro anunciou que já não havia, na capital da província, um só escravo.

[editar] Colonização estrangeira
Em Santa Catarina, a posse da terra não era base para grandes fortunas e obtenção de títulos de nobreza. Observava-se uma preferência pelo enriquecimento nas atividades urbanas. Em pleno século XX, grandes extensões de terras, no oeste, estavam por desbravar. A sociedade e as lides campeiras do planalto constituíam um tipo de vida quase sem contato com o litoral.
Desde o começo do século XIX, havia planos para a ocupação dos espaços vazios com a vinda de colonos estrangeiros. A primeira tentativa data de 1829, com a instalação de 166 famílias alemãs, oriundas de Bremen, no lugar depois chamado São Pedro de Alcântara.

A Ponte Colombo Sales (à esquerda), e a Ponte Hercílio Luz (à direita), ambas ligam Florianópolis ao continente.
Quer por iniciativa oficial, quer aliciados por companhias particulares que acenavam com uma nova Canaã, acorreram imigrantes para a província, principalmente alemães e italianos, durante todo o século XIX. Embora muitos tenham sido absorvidos pelas comunidades tradicionais, e em várias colônias situadas nas matas tenha ocorrido o fenômeno da "caboclização" do imigrante, na maioria da colônias criaram-se ambientes próprios, com características marcadas. Desde o início, mantinham uma lavoura de policultura e dedicavam-se a atividades de transformação artesanal-familiar que seriam a origem de futuras fábricas.
Em 1850, os primeiros colonos, reunidos pelo doutor Hermann Blumenau, ocuparam seus lotes à margem do rio Itajaí-Açu. Era o começo da colônia, que o farmacêutico e doutor em filosofia pela universidade alemã de Erlangen decidira levar avante, encarando toda sorte de dificuldades e contratempos. Anos mais tarde, o governo comprou a colônia e manteve o doutor Blumenau à frente dela. Vinte anos após sua criação, contava com seis mil habitantes e 92 núcleos fabris, espraiando-se pela zona do Itajaí-Açu e seus tributários.
Ao norte, nas terras que a princesa D. Francisca recebera como dote de casamento, foi organizado um núcleo pela "Sociedade Hamburguesa de Colonização", com o nome da princesa. Os imigrantes ali chegados a partir de 1851 eram alemães, suíços e noruegueses. A colônia Dona Francisca possuía regulamento próprio, o qual, entre outras cláusulas, garantia aos colonos o direito de se constituírem em comunas livres e autônomas. Com dez anos de vida contava com três mil habitantes, setenta engenhos de mandioca, trinta de açúcar e mais de trinta fábricas.
Joinville também prosperou, em breve ocupando faixas de mata ao longo dos rios Negro e Iguaçu. A colonização no sul da província, na bacia do Tubarão, foi levada a efeito no final do século XIX. Os colonos eram na maior parte italianos e se dedicavam à lavoura e à vitivinicultura. Foi também nessa área que, mais acentuadamente a partir da segunda guerra mundial, a exploração de carvão de terra constituiu mais tarde importante fator na economia catarinense.

[editar] República
A partir de 1870 as idéias republicanas ganharam impulso em Santa Catarina, sobretudo entre os moços. Criaram-se clubes e jornais de propaganda, mas os republicanos não chegaram a conseguir representação na assembléia. Entretanto, a cidade de São Bento elegeu em 1888 a primeira câmara de vereadores no país formada somente de elementos republicanos. A república tomou a província de surpresa, pois em geral se esperava apenas a queda do ministério. Confirmada a proclamação do novo regime, em 17 de novembro, comemorou-se o acontecimento e um triunvirato assumiu o governo.
O primeiro governador do estado de Santa Catarina, nomeado por Deodoro da Fonseca, foi o tenente Lauro Severiano Müller. Mais tarde confirmado pela constituinte de 1891, foi logo deposto com a saída de Deodoro. Uma vez deflagrada, a revolução federalista do Rio Grande do Sul teve pronto reflexo em Santa Catarina.
Seguiu-se uma época de instabilidade política, com sérios entrechoques provocados por motivos locais ou mesmo municipais, e agravados pelos acontecimentos no resto do país. Após a revolta da armada, Santa Catarina foi palco de numerosos episódios da revolução federalista, sendo Desterro proclamada capital provisória da república. Em 17 de abril de 1894, a esquadra ali aportava e ocupava a cidade. Pouco depois, o coronel Antônio Moreira César assumia o governo do estado para exercê-lo com mão de ferro. Entre as incontáveis vítimas desse período de violenta repressão, destaca-se o chefe do governo revolucionário, almirante Frederico Guilherme de Lorena, fuzilado por ordem de Moreira César. Serenados os ânimos, elegeu-se governador Hercílio Luz. Nessa ocasião, a capital do estado passou a chamar-se Florianópolis.
A vida política decorreu a partir daí sem acontecimentos de grande relevo. Havia problemas e cisões dentro do Partido Republicano Catarinense, que, contudo, sempre conseguia recompor-se. Personalidades catarinenses com projeção nacional apareceram neste período, como Vidal Ramos, Adolfo Konder e Vítor Konder. O domínio político, então, não era mais exercido exclusivamente pelas famílias tradicionais do litoral, mas dividido com figuras influentes do planalto e descendentes de imigrantes.

[editar] Revolução de 1930
Iniciado o movimento revolucionário de 1930 no Rio Grande do Sul, Santa Catarina foi o primeiro estado a ser invadido pelas forças que conduziram Getúlio Vargas ao poder. Muito embora fossem sendo vencidas as forças legais, Florianópolis resistiu ao avanço gaúcho, até que a revolução viesse a triunfar em todo o território nacional. De 1930 a 1945, o estado foi governado por interventores federais.
Ao longo desses quinze anos, houve um breve período, de 1935 a 1937, em que o poder executivo estadual esteve entregue ao governador eleito, Nereu Ramos, mantido como interventor pelo Estado Novo, em 1937. O governo de Nereu Ramos distinguiu-se pela preocupação com o setor educacional e com a assistência médico-hospitalar. A infiltração nazista entre os colonos de ascendência alemã radicados no estado foi um dos problemas mais graves enfrentados pelo interventor.

[editar] Depois de 1945
O Partido Social Democrático (PSD), estruturado em torno de Nereu Ramos, e a União Democrática Nacional (UDN), formada por antigos republicanos, foram os partidos que dominaram a vida política de Santa Catarina de 1945 a 1964. Em 1946 elegeu-se governador Aderbal Ramos da Silva, do PSD; depois dele o predomínio foi da UDN, com Irineu Bornhausen e Jorge Lacerda. Em 1960, foi eleito Celso Ramos, do PSD.
Nesse período, uma grande área do estado, que vivia semimarginalizada e escassamente povoada - o meio e o extremo oeste - passou a ter importância cada vez maior. Essas glebas foram sendo ocupadas por gente vinda do Rio Grande do Sul, colonos estrangeiros e seus descendentes, que nelas vislumbraram um novo eldorado.
Em 1960, a criação da Universidade Federal de Santa Catarina representou grande avanço no setor educacional. Florianópolis tornou-se centro de atração para estudantes também de outros estados. Em 1965, fundou-se a Universidade para o Desenvolvimento do Estado, ao que se seguiu a criação de vários institutos de ensino superior em municípios do interior. No ano seguinte, tomou posse o governador Ivo Silveira, eleito por voto direto. Depois, dois governadores foram escolhidos pela Assembléia Legislativa do estado - Colombo Salles e Antônio Carlos Konder Reis - e um por um colégio eleitoral - Jorge Bornhausen.
Durante a gestão do governador Esperidião Amin, eleito por voto direto em 1982, o estado foi atingido por uma das mais graves enchentes de sua história, em julho de 1983. Em Blumenau, que fica às margens do rio Itajaí-Açu, setenta por cento do centro urbano ficou submerso. Dos 199 municípios que integravam o estado na época, 136 foram declarados em estado de calamidade pública e quase cem ficaram totalmente isolados. O fenômeno se repetiu de forma menos violenta em 1984. As enchentes foram causadas em parte pela destruição das matas catarinenses e afetaram a produção industrial e agrícola do estado.
Em 1986, elegeu-se governador Pedro Ivo Campos, ex-prefeito de Joinville. Desde meados da década de 1980, ocorriam no campo graves conflitos entre lavradores e proprietários rurais pela posse da terra. Geralmente acompanhadas de violência, as invasões de fazendas por dezenas e até centenas de famílias de lavradores eram geralmente mediadas pelo governo estadual. Em 1990, após a morte de Pedro Ivo Campos, tomou posse o vice-governador Casildo Maldaner. No mesmo ano, elegeu-se para ocupar o cargo Vilson Kleinübing (PFL), a quem se seguiu, em 1995, Paulo Afonso Vieira (PMDB).
Em 2008 o Estado enfrenta a pior catástrofe natural de sua história. Enchentes devastam várias cidades de Santa Catarina, matando 126 pessoas.